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Rota das Emoções - dicas e roteiro

  • Foto do escritor: Marcia Diniz
    Marcia Diniz
  • 5 de jun. de 2020
  • 7 min de leitura

Atualizado: 12 de abr. de 2023


por do sol nos Lençóis Maranhenses

A dica é percorrer a Rota das Emoções, começando nos Lençóis Maranhenses até Canoa Quebrada, no Ceará durante o mes de junho, fora da temporada de férias . Compramos a passagem de ida para São Luis e a volta partindo de Fortaleza. Antes de definir a data ideal para iniciar a viagem, consultamos na internet se as lagoas dos Lençóis estavam cheias...


Gosto muito de consultar os guias de viagem dos sites https://www.viajenaviagem.com/ e https://www.melhoresdestinos.com.br/ a história de cada cidade do percurso e indicações sobre o que visitar e restaurantes.


Chegamos em são Luís numa quarta-feira, 12/06/19, ao meio dia e nos instalamos no Hotel Abbeville – muito bem localizado próximo ao acesso da ponte Governador José Sarney, limpo, café da manhã bom e pessoal atencioso. Levamos na mala apenas o básico: chinelo, sungas, biquínis, shorts, bermudas e camisas (regata e mangas curtas), blusinhas, lenço e canga para proteger o corpo e os cabelos do vento e do sol e vestidinhos. Na mochila apenas chapéu, protetor solar, repelente, óculos escuros e muita água.


Na manhã seguinte, atravessamos andando os 820 metros da ponte e fizemos um passeio pelo centro histórico. No emaranhado de ruas estreitas, vielas e becos, os casarões dos séculos 18 e 19 estão por todo lado, muitos cobertos por belos azulejos lusitanos para amenizar a temperatura interna.


A caminhada começou pelo Museu Histórico e Artístico do Maranhão e o Teatro Arthur Azevedo na Rua do Sol, com vistosa fachada cor-de-rosa. Na parte mais baixa da cidade encontramos as mais bem-preservadas construções revestidas de azulejos. Visitamos a Matriz da Sé, a Casa de Nhozinho e o Palácio dos Leões. Queríamos encerrar nosso passeio na Casa das Tulhas, na Rua da Estrela comendo os quitutes típicos do estado, mas fomos surpreendidos por chuva torrencial.


São Luís é a única cidade brasileira fundada por franceses, invadida por holandeses e colonizada pelos portugueses. Em 1621, o Brasil foi dividido em Estado do Maranhão e Estado do Brasil — São Luís foi uma das capitais. Em 1997 o centro histórico da cidade foi declarado patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO.


A noite, consultamos no site https://www.iateluzitana.com/horarios os horário de partida dos barcos para Alcântara na sexta feira. A viagem leva 1h20 e custa R$ 15 por trecho (junho/2019). A passagem de ida compramos no porto antes da partida e a da volta compramos assim que desembarcamos em Alcântara.


Saímos do hotel as 5:30 com destino ao cais da Praia Grande, junto ao centro histórico. Naquele dia, a partida das barcas para Alcântara era prevista para a partir as 6:30, mas na verdade, partimos as 7:30. Foi muito agradável caminhar pelas ruas calçadas em pedra margeadas por diversas ruinas. No retorno a São Luís no final do dia, o barco saiu na hora indicada no ingresso.


A noite compramos na internet a passagem para Barreirinhas no ônibus da Cisne Branco, que faz a viagem em 4 horas e meia. São 4 saídas diárias (6h, 8h45, 14h, 19h30) – R$ 60,00 e sai da rodoviária que fica no Bairro de Fátima, na Av. Borges de Melo.

Enfim, iria conhecer o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, um dos mais famosos do Brasil, contemplando uma área de 155 mil hectares (do tamanho da cidade de São Paulo), que inclui uma infinidade de dunas de areia branca e vários quilômetros de praias desertas.


As 5:30 hs chamamos um UBER para nos levar até a rodoviária, levou cerca de 40 mim. A viagem foi confortável num ônibus com ar condicionado e poltronas espaçosas. O ponto final é próximo ao Rio.


Ficamos na Pousada do Riacho, simples e confortável, belos jardins e ótimo café da manhã. Não fizemos reserva com antecedência e não conseguimos ficar nas pousadas próximo ao rio, melhor recomendadas por ficarem próximas aos bares e restaurantes.

Mantivemos contato com a guia indicado pelo motorista do táxi que nos levou até a Pousada – Karem (01598)98411.3535, da agencia Lençóis 4x4. Nos atendeu muito bem e fez desconto nos valores dos passeios. Os serviços são monopolizados por um grupo de agencias, guias de turismo e donos de caminhonetes 4x4 e tem preços tabelados. Passeios são bem organizados, buscam e deixam os turistas nas pousadas.



No primeiro dia fizemos o Circuito Lagoa Azul no período da manhã – R$ 80,00

Se puder faça no período da tarde, para terminar o passeio com o pôr do sol. O passeio leva cerca de 3 a 4 horas, 40 mim ida, 40 mim volta e cerca de 2 horas de permanência nas lagoas. O tempo pode ser maior por causa da travessia da balsa.


Saímos numa Toyota 4x4 que fez a travessia do rio Preguiça em balsa e seguimos uma trilha de 15km no areão por 45 minutos até chegar ao Parque Nacional dos Lenções Maranhenses. Desembarcamos e os grupos partem para o passeio por seis lagoas – dos Toyoteiros, Esmeralda, da Preguiça, da Paz, do Peixe e Azul. A vista é impressionante, as dunas recortadas no horizonte, brancas e lisas. A água da lagoa refletindo a cor azul do céu e convidando a um mergulho. Visão é inesquecível. Nós caminhamos um trecho curto e preferimos ficar na primeira lagoa esperando o retorno do grupo. Todas lagoas da região eram iguais aquela em que já estávamos muito confortavelmente.


O trajeto na Toyota não é muito confortável, mas são muito divertidos o sacolejo incessante e as diversas travessias de pequenas lagoas. O uso de óculos escuros é importante para proteger os olhos da luz intensa refletida nas areias brancas e dos grãos de areia ou gotas de água suspensos na estrada. Não coloque as mãos para fora, galhos de árvores raspam as laterais dos carros.


No segundo dia partimos para Atins e conto de Atins. (R$ 130,00)


O passeio começa com a Travessia em balsa pelo Rio Preguiças e seguimos em trilha off Road, por 30km (aprox. 1h40min). A primeira parada é onde começa toda formação de dunas do Parque Nacional, com paradas nas dunas para banho e fotografias, seguimos passando no povoado de Atíns até o Canto do Atíns, onde almoçamos em restaurante rústico, do Sr. Antônio, e saboreamos um camarão grelhado, logo em seguida retornamos.


No terceiro dia foi a vez de descermos o Rio Preguiças em 3 Paradas: Vassouras, Mandacaru e Caburé – R$ 70,00.


A saída de Barreirinhas descendo o Rio Preguiças em lanchas voadeiras em direção ao mar. A paisagem começa com mangue altíssimo nas duas margens; aos poucos, as dunas vão aparecendo, primeiro na margem esquerda, depois na margem direita. A primeira parada na comunidade de Vassouras, onde tem um ponto de apoio e uma bela vista de dunas e manguezais, além de conhecer a fauna e flora do local.


Ao lado do ancoradouro há uma palhoça frequentada por saguis; ali você pode fazer um lanche, comprar um artesanato ou fazer uma esquibunda rápido. Cuidado com os macaquinhos que enfiam as mãos nas bolsas e até abrem o zíper de mochilas atrás de alimentos.


Na comunidade de Mandacarú é possível subir os 160 degraus no farol preguiças e do topo contemplar a fantástica vista panorâmica da região. As lojas de artesanato oferecem a preços ótimos (bem melhores que em Barreirinhas) brincos, colares e chapéu de palha de buriti.


A última parada é na Praia de Caburé, quase na foz do rio. Caburé é uma faixa de areia com praias voltadas para o rio e o mar. Almoço bastante simples, curtir a praia e andar de quadriciclo.


Passeio mais bonito ficou para o final - Circuito Lagoa Bonita – R$ 65,00


Primeiramente a travessia em balsa pelo Rio Preguiças e seguimos por uma trilha de 20km (aprox. 1h00) passando pela vegetação até o início das dunas. Paramos no pé de uma duna de aproximadamente 80m de altura. Após a subida bem devagar e com paradas para descanso, fomos surpreendidos com uma vista magnifica e panorâmica de dunas, lagoas e vegetação. Fizemos uma caminhada pelos Lençóis conhecendo várias lagoas e paramos para o banho longe da multidão numa lagoa muito bonita. Voltamos no final da tarde para apreciar o pôr do sol e retorno à Barreirinhas.


No dia seguinte teríamos que partir as 9:00 para Jericoacoara.


Desistimos de passar em Parnaíba porque não encontramos transporte regular, somente em carro fretado e quase no mesmo preço que pagamos até Jeri. Contratamos por R$ 600,00 a viagem até Jericoacoara no dia 20/SET em veículo 4x4 compartilhado com outras 3 pessoas. A intenção era ficar nos Lençóis até o dia 23/set. Chegamos em Barreirinhas sem reserva em pousada e não encontramos vagas a partir do dia 21/set. Todas estavam lotadas por causa da festa do divino que duraria até o final da semana.


Em Jericoacoara, contratamos um passeio de Toyota pelo litoral leste, com almoço na Lagoa do Paraíso e Lagoa Azul. O almoço especial com direito a escolher peixe para fritar e na volta, passeio pelas dunas. Dia seguinte, foi dia de praia e comer o típico camarão no abacaxi do Restaurante Dona Amélia e no final da tarde caminhamos até a Duna Pôr do Sol.


Na segunda, seguimos viagem para Fortaleza em uma Toyota fretada com mais 03 turistas de SP. Alugamos, por 10 dias, um pequeno apartamento do Airbnb no bairro Meireles. Não tinha condicionado e nem ventilação, insuportável permanecer em casa durante o dia. Era o tempo das rebeliões nos presídios e as ruas da cidade estavam desertas, pessoas caminhando amedrontadas. Decidimos que iriamos de UBER a todos os lugares, e nem eram tantos. Almoço no Sirigado, praia do Futuro, calçadão de Iracema a noite, mercado central e passeio no Dragão do Mar (não tinha nenhuma atividade cultural no local)

No domingo já havíamos esgotado a agenda e decidimos ir passar a semana em Canoa Quebrada. Foi ótimo. Ficamos na pousada Mar a Vista, de frente para o mar e muito confortável. Nas noites quentes ficar na varanda sentindo o vento morno e o barulho das ondas. Nos dias ensolarados, foi praia, peixe frito, passeio de quadriciclo pelas areias e pizza no jantar.


Ficamos mais dois dias em Fortaleza, sentados na praia de Iracema tomando cerveja e apreciando o movimento dos turistas no calçadão.


De todos os lugares que passamos, os Lençóis deixaram saudade.

 
 
 

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